Resumo do Capítulo A Sociedade Romana Tardia do Livro A História Social de Roma, do Autor Géza Alföldy, realizado pelo graduando em História Alan Cardoso Ferreira Santos.
Sobre o Autor:
Géza Alföldy nasceu na Hungria,
estudou na Universidade de Budapeste onde em 1959, conquistou seu doutorado, é o autor de 30 livros.
Sobre o Livro:
Data da primeira publicação: 1987,
O autor analisa as mudanças estruturadas que se verificaram ao longo de um
milênio, na República e, depois, com o Império. A ênfase da sua análise é
colocada nos aspectos sociais.
O que é Antiguidade Tardia?
Antiguidade Tardia denomina um
período de tempo “ainda impreciso” que se localiza entre a Antiguidade Clássica
e a Idade Média.
Condicionantes e Características
Gerais:
... As condições sociais do “baixo império” assentavam-se
em grande medida nas estruturas surgidas no período da crise, desde o final da
época dos “Antoninos7” até “Diocleciano” (Crise do Século III d.C).
Géza Alföldy defende a ideia de que as “sequelas”
da Crise no século III d.C, permaneceriam até a “Queda do Império” em 476 d.C.
Segundo ele, nos governos de Diocleciano (284-305) e Constantino o Grande
(306-337), devido a “severas medidas” a situação econômica estava estabilizada
até o reinado de Valentiniano I (364-375), mas, as consequências das
transformações no século III já eram irreversíveis. Pág. 200
A organização da antiguidade tardia não foi
substituída por uma nova estrutura social, mesmo no século VI, quando o sistema
de governo romano já não existia no ocidente. A transição da Antiguidade para a
idade media, portanto, não foi repentina, mas fez-se através de uma larga faixa
de transformações graduais em que, a queda do império romano, apenas consistiu
em um ponto de viragem decisivo, na medida em que significava o colapso do
enquadramento político da sociedade Romana. Pag.200.L 8.
Algumas cidades do império até
conheceram um ultimo período de prosperidade, mas a produção de mercadorias e
comercio jamais voltaram a atingir a prosperidade dos primeiros tempos da era
imperial (...). A importância da agricultura como principal fonte de rendimento
aumentou, ainda mais que anteriormente, mesmo sofrendo de fraquezas estruturais
derivadas de vários problemas, entre eles a falta de mão de obra e por um tipo
de agricultura pouco rentável praticada pelos colonos. Pág. 201. L. 01
As dificuldades econômicas
aumentaram enormemente após a eclosão da nova crise política desencadeada pelas
primeiras migrações sob pressão dos Hunos em (375). Essa crise provocou em
pouco tempo a devastadora derrota de Roma para os “Godos” Em Adrianópolis
(Pág.201.L13), “atualmente Edirne, na Turquia” no ano de (378). O desastre para
o lado romano foi tanto que, em poucas horas, 20 000 dos melhores soldados do
império perderam a vida. O próprio imperador Valente, muitos capitães, 35
tribunos, dois altos funcionários do palácio e dois generais pereceram no combate.
(Wikipédia) Pág.201.L.9
Em 395 d.C, morre o Imperador
Teodósio I, esse fato provocou modificações profundas: O Império Romano foi
definitivamente dividido em dois, a parte Oriental ficou sendo administrada por
Flávio Arcádio seu filho mais velho, e a parte Ocidental ficou com Flávio
Honório (Ainda Adolescente), o Pai deles, Teodósio I, foi o último imperador a
concentrar o governo das duas partes do Império Romano. Pág.203.Linha.09 e (Wikipédia)
A parte ocidental administrada por Flávio
Honório foi invadida pelos Bárbaros, tendo como resultado o abandono e a
destruição de muitas cidades com terríveis consequências principalmente para a
produção de mercadoria e comércio. Até ali jamais tinha ocorrido uma
paralisação completa da produção e do comércio e a vida urbana nunca tinha
cessado completamente em parte alguma do Império. Pág.201L.13
Já o império Romano do Oriente,
Segundo o autor, se encontrava em condições sociais, em parte, mais favoráveis
e menos ameaçadas pelos bárbaros, conseguindo “aguentar-se” e reformar, a pouco
e pouco, o seu próprio sistema de governo. Pág.203.Linha.10
Esses acontecimentos provocaram
mudanças nas relações entre a cidade e o campo, agora, esta ultima ganha
protagonismo e autossuficiência, Segundo o texto, “Logo no século IV, as
propriedades rurais adotaram a prática de suprir suas próprias necessidades de
bens manufaturados, não através do comércio, mas do próprio fabrico”. Assim
sendo os proprietários de latifúndios eram ainda mais importantes que
anteriormente e constituíam a camada economicamente dominante da sociedade
romana tardia tornando-se os mais pobres cada vez mais dependentes deles Pag.201.
L.24
O autor ressalta que, apesar
desse processo evolutivo se encontrar ligado à decadência do (Imperium Ramanum)
não pode de modo algum ser atribuído exclusivamente a eles e a crescente
pressão dos bárbaros, mas a causa ainda mais complexas, podendo as principais
causas sociais serem incluídas no conceito de “ALIENAÇÃO” da sociedade romana
em seu sistema estatal. Pag.201.L.31
Para combater as dificuldades desse ultimo
período da antiguidade só restava à monarquia imperial recorrer a uma política
de força e de centralização, todavia, isso exigia um dispendioso aparelho de
poder e, dada a escassez de recursos, o estado resolvia obrigando algumas
categorias de trabalhadores a prestação de serviços e criando um complicado
sistema fiscal exagerando na carga tributária o que fez alguns grupos da
população a verem o estado como inimigo, até os proprietários de terra deixaram
de se sentir representados pelo império. Pag.202.L.01
Segundo o autor, nos últimos
tempos do Império o caráter despótico da monarquia acentuou-se, para os pagãos
os imperadores continuavam sendo deus enquanto para os cristãos eles eram
“governantes pela graça de Deus”, Mas não era essa diferença que afetava o
caráter sagrado do imperador, mas sim a "infinita distancia que o separava
de seus súditos”. O contato entre eles caracterizavam-se por um rigoroso
cerimonial, muito influenciado por modelos orientais. Pág.202.Linha.14
Existia um imenso aparelho
burocrático, conforme as reformas de Diocleciano e Constantino, o poder do
imperador era garantido por mais de 435.000 homens, além de servidores privados
do imperador, administração central e comandante militar administrativo como
função no aparelho do estado. Eles tinham a missão de garantir a coesão do
império e executar o sistema coercitivo de prestação de serviços e pagamento de
impostos. Pág.202.Linha.27
O poder do império era sublinhado
pelo fato do senado ter perdido sua importância. No século IV d.C, o regime
encontrava-se forte para afirmar e manter a unidade do império, contudo a
opressão exercida sobre algumas camadas da população levou a que se desligasse
cada vez mais das raízes que o ligavam a própria organização social.
(Pág.202.L.37)
O império com seu aparelho de
estado tornaram-se assim (...). Um pesado fardo que oprimia a sociedade e ao
mesmo tempo cerceava a evolução social. As migrações enfraquecia o Império que
não mais podia proteger seus súditos do inimigo exterior. (Pág.203.L.03)
Nessas condições, diz o texto, as
bases tradicionais da estratificação social do Império Romano Tardio tiveram
que se alterar ainda mais do que no século III. Vejamos algumas características
citadas pelo autor: (Pág.203.Linha.23)
* A diferença social entre os
detentores do poder e os destituídos dele aumentou (Pág.203.Linha.34) .
* Poder real de grupos sociais
condicionados a relação com o Imperador e não origem étnica (Pág.203.Linha.38)
.
* Influencia de elementos da
corte superior ao dos senadores vulgares (Pág.203.Linha.41).
* As pessoas mais influentes eram
os membros do “Santo Consistorium” “Chefes mais altos do administrativo,
generais e pelos mais privilegiados dignitários eclesiásticos”. (Pág.204.L02)
* Uso Obrigatório do vestuário
adequado à categoria social a partir de lei do ano 382 em Constantinopla
(Senatores, Milites, Officiales, Membros do aparelho administrativo civil e os
servi).
* A partir de Constantino o
Exercito passou a ser recrutado entre os Bárbaros principalmente Germanos.
(Pág. 205L.01)
* Situação Jurídica Ganha Status
Secundário * Cidadania Perde Importância * Diferença entre homens livres
(Pobres) e escravo ganhou significado meramente teórico.
*Aumento significativo da origem
pessoal na determinação da posição social
* Valorização de Capacidades
Individuais (As estruturas governativas do Baixo Império Exigiam capacidades e
méritos para ocupar cargos Burocráticos e na igreja).
Aqui o autor afirma que a estrutura social do
império nesse momento divergia bastante dos primeiros tempos e essa estrutura
era muito semelhante a que se formou na crise do século III. (Pág.205 L32)
As Camadas Superiores
As Camadas Inferiores
A Sociedade Romana Tardia e a
Queda do Imperium Romanum “Quem entre os Ricos não se esforça por expulsar o
pobre da sua pequena propriedade, expulsar o necessitado do bocado de terra que
herdou?... Os pobres são assassinados todos os dias”.
Ambrósio.
Esse questionamento de Ambrósio
(Arcebispo de Mediolano um dos mais influentes membros do clero no século IV),
reflete a situação de pobreza, falta de liberdade e opressão vividas pelo povo
romano na eminência da queda do império. Pág.223.
A pobreza falta de liberdade e
opressão sempre foram características de Roma em todas as épocas, todavia no final
do império foram agravadas e a miséria e penúria atingiram camadas mais vastas.
Até mesmo as camadas superiores a
partir do século III se viram relegados a um nível econômico e social e
político próximo aos das camadas inferiores
Nesse período a camada
populacional que vivia bem era restrita as tensões sociais eram fortes.
O Movimento de resistência rural
mais generalizado foi o movimento “Agonístico” cujos participantes eram
chamados “circumelliones” esses se juntaram também a colonos e escravos fugitivos,
configurando-se em um forte movimento religioso e social que se dirigiam contra
os ricos e, sobretudo contra a Igreja Católica. Pág.224L.19.
As causas das agitações nas
cidades eram muitas: Escassez de: trigo, vinho (devido às más colheitas as
dificuldades de transporte), conflitos políticos e corrupção. Em 356 a prisão
de um condutor de carros muito popular gerou onda de ódio. A eleição de um Papa
em 366 desencadeou motim. A deposição do Bispo Basílio pelo imperador Valente,
a qual o povo era a favor do Bispo e Aumento de impostos. Todavia todos esses
protestos, segundo o autor tinha uma única origem, as tensões sociais nas
cidades causadas pela pobreza e a repressão brutal do estado. Pág.224L.37
O texto diz ainda que uma
verdadeira revolução das massas rurais, naquele contexto era impossível (...),
mesmo com todos esses motins e revoltas, segundo ele, nem a decadência do
sistema de governo romano, nem a transição do sistema social do antigo para o
medieval eram suficientes para isso. A ligação servil das massas de colonos aos
grandes proprietários de terra não sofreu alterações, o objetivo dos colonos e
dos escravos fugitivos não eram a formação de grupos para a luta contra os
proprietários de terras, eles simplesmente fugiam de uma propriedade para outra
na esperança de serem tratados de maneira melhor pelo outro senhor Pág.225L.29
Não havia, porém, (...) uma
classe revolucionária homogênea, os diferentes grupos sociais tinham interesses
diversos. As revoltas representaram um papel secundário no processo de
dissolução do sistema de governo romano. A decadência do império romano do
ocidente foi assim um processo cujo significado (...), não reside nas revoltas
das camadas inferiores contra o sistema de governo apoiado pelas camadas
superiores, mas no fato de a organização estatal de Roma se apoiar apenas numa
camada, cada vez mais restrita do seu próprio aparelho, acabando por se tornar
uma sobrecarga para toda a sociedade. Pag.226.L1
Apesar de Roma não se configurar
em uma sociedade de castas, o sistema social era estático o que impunha aos
comerciantes, colonos, entre outros o exercício compulsivo de uma profissão
além da hereditariedade também compulsiva das posições sociais. No Tempo de
Valentiniano III (424-455), fechou-se uma das poucas portas permitidas de
ascensão social foi proibido que colonos escravos e comerciantes exercessem
cargos eclesiásticos. Todavia, era possível ascender socialmente, essas
restrições, não impediam que elas ocorressem na prática, inclusive, em clara
contradição, no próprio aparelho do estado e no exército. (Pag 227, Linha 34).
Havia ainda outros fatores de alienação da
população em relação ao estado, assim como informado anteriormente as grandes
propriedades de terra tornava-se cada vez mais independente e autossuficiente
política e economicamente dentro do estado. O proprietário Rural Vivia em seu
Latifúndio e ali na prática exerciam um poder absoluto, como por exemplo,
julgar colonos ou nomear juízes para esse feito, com poder para penalizar
inclusive com pena de morte. Pag.228.L6.
Principalmente a partir do século
IV d.C, os grandes proprietários apoiavam-se cada vez mais em seu pessoal para
resistirem inclusive aos ataques bárbaros, por vezes, aponta o autor, esses
exércitos particulares combatiam com mais êxito que as tropas regulares, a
única ligação entre essas grandes propriedades e o poder central se dava
através das obrigações fiscais. Pag.228.L25
A alienação da população em
relação ao império foi reforçada pelo chamado movimento dos patrocínios, que
era uma forma de evasão ás injustiças e a sobrecarga fiscal por alguns
camponeses independentes, colonos e até habitantes de aldeias inteiras, Citando
Salviano (escritor cristão do século V) o autor explica como funcionava o
(Patrocinium). (Pág.228L.37
Os indivíduos colocavam-se sob a
proteção (Patrocinium) de uma pessoa influente do exército, administração civil
ou de grandes fazendeiros a quem em troca entregavam primeiro com presente,
depois com pagamento regular, produtos agrícolas ou dinheiro. Tratava-se de uma
comunhão de interesses entre as partes que eram contrários aos interesses do
estado. Pág. 229. L. 1
O Estado tentou "por
cobro" ao movimento a partir de 368 d.C, a medida, assim como vários
outros decretos não conseguiu deter o avanço dos “patrocinium” que acabou sendo
legalizado em 415 d.C. O que significava que nem só a população das grandes
propriedades, mas, toda a população dos distritos se "libertava"
assim do sistema de governo imperial, chegando a haver numerosas comunidades
urbanas que procuravam proteção através de processos semelhantes. Pág.229.L.10
O alastramento dos “patrocínios”
teve para a monarquia imperial consequências piores que as revoltas isoladas,
como o pagamento dos impostos “falhasse com frequência” (pag. 229. L 29), as
fontes para manutenção do aparelho do estado estavam ameaçadas, foi necessário
aumentar a tributação onde o sistema ainda funcionava, aumentando o
descontentamento. Pág.229.L.27.
Mas houve círculos muito vastos,
que tinham uma perspectiva diferente da visível decadência da odiada monarquia
imperial. Preferiam viver sob o domínio dos Bárbaros, pois, nos estados
territoriais germânicos o sistema de governo baseava-se em formas de
dependência feudal e não num aparelho de poder opressivo e num sistema fiscal
estatal. Pág.230.L.06
Ao passo que crescia o numero de Romanos
fugindo para territórios Bárbaros. Salviano (escritor cristão do século V),
escreveu: "Procuram-se entre os Bárbaros a humanidade dos romanos, pois
não conseguem suportar entre os Romanos a desumanidade Bárbara”. Pág.230.L.16
Não só as forças destinadas a deter os
bárbaros encontravam-se enfraquecidas como os próprios romanos se habituaram a
considerar os bárbaros como um mal menor em comparação com o sistema estatal
romano vigente, assim, segundo o autor, o império se viu obrigado a não só
tolerar a fixação dos bárbaros em seu território, mas a também promovê-la em
seu próprio interesse e assim, e conclui afirmando que agindo assim Roma cavara
sua própria sepultura. Pág.230L.19
Vastas regiões do império ficaram
desertas, pois uma parte da população fugiu para as grandes fazendas no regime
de “patrocinium” e a outra parte fugiu para os territórios bárbaros.
Ambrósio escreveu: A morte era um
destino comum, não só dos homens como também das cidades e das áreas rurais.
Com o agravamento do problema o
império, na passagem do século IV para o V passou a promover a instalação de
bárbaros nessas terras.
Outro problema era com o
exército. Gradualmente tornou-se proibido o alistamento a todos os grupos
populacionais e, também nesse caso, foi necessário recorrer aos bárbaros que ou
integravam o exercito romano de maneira regular ou, como passou a ser usual, a
partir do século IV, eram contratados, no regime de confederados (foederati),
organizados em grupos de guerreiros da “própria raça”. Pág.230L.37
A instalação de grupos Germânicos
no império destruiu a infraestrutura existente do sistema de governo imperial,
todavia a coexistência da população romana e germânica funcionava ao contrario
do que se podia esperar, em função das diferenças culturais e linguísticas, sem
grandes atritos.
O sistema de valores religioso e
ético comum a romanos e bárbaros, o cristianismo, contribuiu decisivamente, no
século V, para a aceitação dos Germanos pela população local, o cristianismo
não provocou segundo o autor a decadência do sistema de governo romano, segundo
ele, o patriotismo dos romanos cristãos, de maneira geral, não era inferior ao
dos contemporâneos pagãos. Pág.231L.31
O papel do Cristianismo na
decadência de Roma Ocidental resultou mais do fato de ter sido adotado e
seguido também pelos germanos. “Anteriormente o sistema de valores da sociedade
Romana tinha sido o “Mos Maiorium” costume dos ancestrais” que erguera uma
fronteira intransponível entre romanos e não romanos.
Agora os romanos cristãos
partilhavam com o bárbaro cristão a sua religião e sua ética, os bárbaros em
função da cristianização já não era mais inimigos (Hostes), mas, irmão
(Fratres), segundo a visão de Orósio, historiador e teólogo, Romanos e
Germanos, viveriam em conjunto, em seu sonho era um império cristão e seu
futuro estava na constituição de estados territoriais governados por germanos,
chamado: A ROMANIA. (Roma + Germânia)
A estrutura da sociedade não se
modificou, pelo contrário, foi reforçada pelo alastramento de formas de
dependência de tipo feudal entre os grandes proprietários e vastos grupos da
população. O antigo enquadramento político tornou-se cada vez mais anacrônico
devido a essa evolução, até que se desagregou.
Os Hunos foram inimigos
implacáveis dos Romanos, Esses conflitos viriam culminar com as ações de Átila,
o mais famoso rei Huno, a batalha mais importante entre esses impérios foi
ocorrida nos “Campos Catalaúnicos)” em 451 d.C, essa batalha foi vencida por
Roma e seus aliados, mas Átila "e seu soldado Orestes" sobreviveram e
ainda causou muitos prejuízos a Roma, justificando se apelido de praga oi
flagelo de Deus. Há ainda a narrativa de que ao atacar Roma em outra ocasião,
tendo como pretexto tomar a mão da irmão do imperador em casamento, Átila só parou
diante da intervenção do papa Leão, fazendo-o recuar e parar com os ataques.
(Wikipedia)
O fim da antiga estrutura
política foi assinalado pela morte de Orestes, General do Exército Romano e a
deposição do “último imperador do ocidente”, seu filho Rômulo Augusto, pelo
chefe mercenário germânico Odoacro no ano de 476 d.C.
Em 474 d.C o Imperador do Oriente
Leão I, envia Júlio Nepos (Sobrinho em Latim), marido de sua sobrinha, para
render Glicério (Eleito pelos Germânicos em 473 d.C), sem o choque militar,
Nepos depôs Glicério nomeando-o bispo de Salona na Dalmácia. Uma vez Imperador
do Ocidente, Nepos Em 475 d.C, nomeia Flávio Orestes “Magister Militum”,
espécie de auto General, (Orestes tinha origem bárbara, mas educação romana),
nesse mesmo período, Odoacro, também bárbaro cujo pai a exemplo de Orestes,
tinha Servido ao Imperador Átila “O Huno”, era líder de uma milícia Bárbara que
servia ao Império. Nepos envia Orestes á Gália (?), Orestes não cumpriu a ordem
e volta a Ravena a procura o Imperador Nepos e não o encontra, Nepos foge para
a Dalmácia (Continua a Reinar?). Em Ravena Orestes Nomeia se filho Romulus
Augustus que tinha idade entre 15 e 18 anos, no entanto alguns grupos de
mercenários Bárbaros que eram pagos pelo Império exigiu terras dentro do
território do Império, Orestes não aceitou, esses grupos aliaram-se a Odoacro
para lutar e matar o regente imperial Orestes. Todavia poupou a vida do seu
filho, o “imperador” Rômulo Augusto. Assim, o Bárbaro Odoacro tornou-se rei,
marco que a historiografia localiza como fim do Império Romano Ocidental.
O autor conclui apontando
semelhanças entre a crise que levou a queda da República (27 a.C), com a que
pôs fim ao Império (476 d.C), segundo ele, tanto em caso quanto no outro as
estruturas básicas da organização social vigente não se modificou e apenas ruiu
um sistema político obsoleto. Enquanto sobre as ruínas da República se ergueu
um novo sistema estatal tão romano quanto o anterior, após a queda do império
Romano do Ocidente o papel deste coube a novos Estados.
O historiador húngaro Géza
Alföldy, foi um gigante intelectual, que gostava de reunir estudantes ao seu
redor para discutir documentos de forma exaustiva, mostrando todas as
dificuldades na sua interpretação, todas as possibilidades e tudo o que eles
ofereciam. Alföldy faleceu de um ataque cardíaco durante uma visita à acrópole,
em Atenas: Uma partida “Conveniente” para a de alguém tão interessado em antiguidade.
Fontes:
A Historia Social de Roma (Géza Alföldy).
Wikipédia, a enciclopédia livre.
Pesquisa e Organização: Alan Cardoso
Estudante de Licenciatura em
História pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
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