Páginas

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Prisma Fidedigno


Por Alan Cardoso


Se minhas escolhas não foram corretas, Não sou por isso, um derrotado, pelo contrário, estatisticamente, terei menos chances de errar em outra ocasião. Por isso se acertei hoje, foi muitas vezes, porque errei ontem, o que significa que o erro é o começo do acerto. O erro não é o problema, o que pode gerar o problema é como agente lida com o erro. O maior erro é ceder ao medo de errar. Dizem que tem idade certa para errar, discordo, acho sim, que após certa idade deixamos de acreditar que podemos acertar... Que temos á capacidade de mudar o que historicamente foi construído errado e aí diminuímos a nossa capacidade de ação e conseqüentemente a possibilidade de errar e... Também de acertar e edificar um mundo melhor. Não quero com isso que si deflagre uma corrida ao erro, ao contrário, quero que ás pessoas busquem realizar seus sonhos sem medo de fracassar, pois á maior ruína é não possuir á capacidade de sonhar. Descobrir recentemente que sucesso, "Seja profissional ou na vida particular", não tem nada á ver com REALIZAÇÃO, realização é algo maior que o sucesso, algo que não está obrigatoriamente ligada ao dinheiro... Outra coisa que creio é que a importância das pessoas não está necessariamente ligada á um diploma, te-lo é importante, entretanto, no Brasil ter nível superior é muito mais uma questão social do que intelectual. Certo dia... Há muitos anos em Acupe, enquanto varria as folhas de um pé de cajueiro que caiam sempre que "ventava", decidir que deveria escrever um texto, minutos depois, tive dúvidas si conseguiria, e enfim concluir que, como diria Pedro Bial, teria sempre cinqüenta por cento de chances de acertar, afinal é assim pra todo mundo, Bob Marley só tinha cinqüenta por cento de chance de fazer sucesso e mesmo assim tentou. O conterrâneo de meu filho, Caetano Veloso, só tinha cinqüenta por cento de chances de vencer como cantor e compositor e ainda assim decidiu tentar, anos depois diante do grande mistério da vida (A Morte) ele bradou!(Na canção: Cajuína.) Existirmos, a que será que se destina? Ele mesmo responde (Na Canção: Gente.), Gente é pra brilhar não pra morrer de fome. Existimos Para Brilhar. Lembrei-me agora de outro baiano notável, o publicitário Nizan Guanaes, que em um trecho de seu texto (paraninfo de uma turma de Administração da UNIFACS) Disse: Você foi criado para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos e depois completa "Não pautem sua vida pelo dinheiro, seja fascinado pelo REALIZAR" e isso não é uma apologia á pobreza, muito pelo contrário, Pois, geralmente quem pensa só em dinheiro não conseguem ganhá-lo. Por isso amigo leitor, concluo dizendo: Pense em sua terra, sim, pense em Acupe, alguém já escreveu: Quer entrar no mundo globalizado? Pense na sua comunidade, seja sob qualquer aspecto, mas pense, não contribua com sua OMISSÃO, com á não construção de uma grande obra e não ache sua participação pequena, tome como exemplo, a narração do evangelho quando fala do reino do Pai, É como um grão de mostarda que quando é semeado é a menor de todas as sementes, mas, depois de semeado cresce, e torna-se maior que todas as hortaliças (mc, 4.31-32a). Portanto, em princípio, não se preocupe com o tamanho do seu papel dentro deste contexto, mas cuide para que ele cresça. Ah! Já ia mim esquecendo, é em relação ao texto que decidir escrever no momento em que assistia as folhas do pé de cajueiro cair, o que vocês acharam?

Alan Cardoso

Nenhum comentário: