Por intermédio do artigo, Cavaleiros, monges e sabres de luz: O imaginário medieval na saga Star wars o historiador Ademir Luiz da Silva, desenvolve, entre outras questões, a diferenciação entre a presença residual de elementos medievais no mundo moderno (reminiscências medievais) e MEDIEVALIDADES, definindo este último como uma espécie de “mitologia medieval” onde a Idade Média aparece apenas como uma referência, por vezes, fugidia, estereotipada explorando o que, no imaginário do período mencionado, é constituído do místico, aventuresco e romântico. Assim, explica ele, certos índices de historicidade estarão presentes em manifestações lúdicas, obras artísticas ou técnicas de recriação histórica (...). No contexto de medievalidade a Idade Média poderá vir a ser uma realidade muito mais imprecisa na inspiração de temas como magos, feiticeiros, dragões, monstros, guerreiros e assaltos a fortalezas, elementos amplamente explorados pelos meios de comunicação de massa e pela indústria cultural. A abordagem do SILVA, Ademir sobre medievalidades, foi devidamente problematizada em sala de aula, sob a mediação do professor Marcelo Lima, naturalmente sem esgota-la ou que se chegasse a um consenso definitivo.
Seguem três exemplos encontrados no artigo, que podem ser diagnosticado como medievalidade.
Podemos identificar características da obra de George Lucas que pode ser definida como medievalidades na linha 43 da pág. 200, o documento diz: O célebre texto de abertura do filme original estabelece, desde o primeiro momento que se vive um momento de crise, de “trevas”, (como sabemos o conceito de trevas, como identificação de um período, foi criado a partir do período que chamamos de modernidade, tendo um claro objetivo de valorização dos tempos históricos comumente conhecido como Renascimento e Iluminismo). A ambientação do filme, claramente baseada nessa perspectiva remontam um “período médio” não necessariamente fiel ao que ocorreu entre os séculos V e XV, caracterizando a conceituação de medievalidade, o que se vê no filme são “tinturas” remanescentes da memória simbólica que ficou do período, sobretudo, baseado na historiografia, portanto a ideia de um período de “crise”, de “trevas” como material simbólico, utilizado por George Lucas, para a ambientalização do filme pode, como já foi dito, ser diagnosticado como medievalidades, uma vez que explora o que esse período deixou de mitológico.
Outra característica, identificada no filme e texto, que pode ser considerada como medievalidade, é a questão monástica, conforme explica o texto em sua página 202 linha 46 O auto aqui trabalha no estabelecimento de semelhanças entre os cavaleiros “Jedi” ás figuras histórica e factuas dos cavaleiros de Cristo. Segundo SILVA, Ademir, Os cavaleiros “jedi” eram detentores do monopólio religioso da Galáxia, eram, além de soldados sacerdotes da Força. Mais a frente na página 205 o autor afirma: Os “jedis” identificam-se como tal perspectiva religiosa, filiando-se a uma profecia que prevê “o equilíbrio da força”, portanto a um “plano divino”, um pouco mais a frente são apresentados como os “guardiões da paz e da justiça na galáxia”, preocupados com o fato de que a desordem instalou-se na República Galáctica. Percebe-se aqui uma clara relação entre os cavaleiros jedi e a tradição heroica relacionada às ordens militares criadas nos tempos das Cruzadas e da Reconquista, sobretudo à confraria monástica dos Cavaleiros do Templo de Salomão. Os Cavaleiros de Cristo. O autor explica ainda que Os Cavaleiros de Cristo eram o resultado da conversão do cristianismo á guerra (pág: 202). Segundo a mística, criada por São Bernardo, os Templários, “Soldado de Deus” eram personagens heroicos (...), misteriosos e de fé inabalável. O autor pontua ainda (Pág. 204) que a ideia de um guerreiro lutando em favor de sua religião “não era de todo estranha”, todavia, no contexto do medievo, a figura de monge-guerreiro de um homem de oração empunhando uma espada, derramando sangue em tempo integral não era de modo algum facilmente assimilável.
Podemos também considerar como uma forma mitológica ou romântica de representação da Idade Média (Medievalidades). O dualismo entre os cavaleiros “jedi” e “sith”, tratam-se, segundo a interpretação de SILVA, Ademir (Pág. 206, Linha 35), de praticantes da mesma religião, todavia, a partir de tradições iniciáticas diferentes, aqui o autor realiza uma argumentação que associa a relação entre as “religiões” jedi e sith com a Cristã e Islâmica, caracterizando a ideia de medievalidade. Mais á frente, (Pág: 206, Linha 03), o autor explica que para os membros da religião de Estado, OS JEDIS, o chamado Lado Negro seria uma espécie de heresia, e naquele contexto, qualquer coisa que os contrariasse deveria ser combatido como impuro e deturpado, todavia, ressalta ele mais á frente. esse chamado “Lado Negro” pode ser, sobretudo, uma perspectiva política de caráter autoritária. Conforme consta na (pág. 205 Linha 38), a energia da Força, em princípio, seria neutra, nem boa nem má. Perspectivas como “lado bom” ou “lado negro” da força são, na prática, abstrações. O uso que se faz dela é que determina, dentro dos padrões comportamentais daquela sociedade, o que é bem e o que é mal.
Pesquisa e Organização: Alan Cardoso
Graduando Curso de História
Universidade Federal da Bahia
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